Exatamente, ainda assim, o grande ponto disso tudo é que a discussão não é se o MinC cumpre ou não o papel e sim que o MinC serve como base para um marxismo ideológico, como “repositório de vagabundos” e outras acusações piores, ignorando que o MinC cuida do patrimônio nacional — bibliotecas e museus — além de dar incentivo a cultura via lei Rouanet (que a maioria não sabe sequer como funciona exatamente).

O problema da discussão é central porque ela parte do lugar errado — não é a lógica de como vamos fazer pra melhorar a capacidade de difusão cultural e sim que devemos acabar coma difusão estatal de cultura — e não chega a lugar algum senão a acusações vazia infundadas.

Importante frisar isso (ainda que seu texto não fale sobre e apenas proponha a discussão) para que não se parta do pressuposto inicial de que a cultura: i) não é necessária; ii) a cultura precisa dar lucro sempre e iii)a cultura precisa ser decidida pela população e pela iniciativa privada e não pelo Estado. Isso cria uma falsa dicotomia de que não se pode existir cultura em todos os aspectos — as que precisam e as que não precisam do incentivo e difusão estatal.

Por último, deixo aqui a referência de dois Braincasts relevantes sobre o tema:

i) MinC: http://www.b9.com.br/65105/podcasts/braincast/braincast-193-por-que-cultura-importa/

ii) Lei Rouanet:http://www.b9.com.br/64686/podcasts/braincast/braincast-189-como-funciona-lei-rouanet/